Dezenas pernoitaram junto à Agência para a Integração Migrações e Asilo, na esperança de serem atendidos nesta manhã de terça-feira. Com uma lista feita de improviso, Cristián Hernández ia anotando os nomes e a ordem de chegada. É venezuelano, trabalha em Portugal há dois anos e meio e ainda não conseguiu visto de residência.
"Estamos a faltar ao trabalho, a perder horas de sono e não conseguimos descansar para termos visto de residência. É uma grande desilusão", disse à SIC, o homem que está há dois dias na porta da AIMA, no Porto.
Cristián, no entanto, não é o único repetente na esperança de ser atendido. São várias as pessoas que passam a noite ao relento e ocupam as horas de espera da maneira que podem.
Às 8 horas da manhã, Bruna foi uma das contempladas com as poucas senhas disponíveis que esta terça-feira foram 80, mais 10 do que o habitual. Ainda assim, não chegou.
Cabe aos agentes da PSP, diariamente, serem os portadores da má notícia sem solução à vista. Para muitos, resta tentar a sorte no dia seguinte.
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