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AIMA justifica problemas no atendimento de imigrantes com dificuldades de comunicação

Agência para as Migrações pediu ajuda "aos líderes das comunidades e às associações de migrantes", esperando normalizar a situação até ao final da semana.

Horacio Villalobos/Getty Images

SIC Notícias

As filas constantes nos balcões da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) devem-se a dificuldades no atendimento dos muitos pedidos de esclarecimentos a propósito do pagamento online dos processos de autorização de residência.

Os imigrantes receberam um e-mail que indica que têm 10 dias úteis para pagarem uma taxa, mas muitos queixam-se de falta de informação, uma vez que link que permite ter acesso às instruções para efetuar o pagamento não funciona.

Centenas de pessoas dirigiram-se esta segunda-feira aos balcões da AIMA para pedir esclarecimentos, mas pouco depois das 11h00 já não havia senhas para que pudessem ser atendidos.

Em resposta à SIC, a agência esclarece que o atendimento no balcão está a ser dificultado pelo facto de a maioria das pessoas não falar português.

“Para este efeito, a AIMA solicitou ajuda aos líderes das comunidades e às associações de migrantes, esperando normalizar a situação até ao final da semana”, adianta a agência em comunicado.

Ainda segundo a AIMA, “é possível obter esclarecimentos e identificar dificuldades enviando um email em resposta ao que foi recebido”.

Quem não conseguir proceder ao pagamento dos processos de autorização de residência, no valor de quatrocentos euros, dentro do prazo estipulado vai ser contactado novamente e não verá de imediato o pedido anulado.

Ainda assim, em Lisboa e no Porto são centenas as pessoas que nos últimos dias têm dormido à porta da AIMA para tentarem ser recebidos.

A AIMA pretende eliminar gradualmente o sistema de agendamento por telefone e a necessidade de pagamentos presenciais, substituindo estes processos por sistemas digitais até ao final do primeiro trimestre do próximo ano.

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