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PSP abre inquérito a "desfile e concentração" de polícias junto ao Capitólio

O diretor Nacional determinou a “abertura de processo de inquérito” à Inspeção da Polícia de Segurança Pública. O objetivo é “apurar as circunstâncias em que decorreu o desfile e concentração junto ao Capitólio”, onde decorria o debate entre Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro.

Ana Lemos

SIC Notícias

Continua a dar fazer correr muita tinta, o protesto espontâneo de polícias junto ao Capitólio, em Lisboa, onde ao início da note desta segunda-feira decorreu o debate entre os candidatos do PS e da Aliança Democrática (AD). A informação mais recente é da própria Polícia de Segurança Pública (PSP).

Tendo em conta o eventual envolvimento de polícias da PSP (…), o Diretor Nacional determinou a abertura de processo de inquérito à Inspeção da Polícia de Segurança Pública, com o objetivo de apurar as circunstâncias em que decorreu o desfile e concentração junto ao Capitólio, confirmar a eventual participação de polícias da PSP (…), de forma a apurar eventual responsabilidade disciplinar, bem como a elaboração de Auto de Notícia a narrar estes factos, para ulterior remessa ao Ministério Público”, lê-se no comunicado enviado às redações.

Em causa está o protesto que decorreu depois da “marcada e comunicada à Câmara Municipal de Lisboa” manifestação na Praça do Comércio, em Lisboa, pela plataforma que representa os vários sindicatos da Polícia de Segurança Pública (PSP) e associações socioprofissionais da Guarda Nacional Republicana (GNR)".

Se, destaca a PSP no comunicado, essa manifestação na Praça do Comércio “decorreu sem qualquer incidente e dentro dos limites legais e com civismo”, o mesmo não se pode dizer do que aconteceu ao início da noite junto ao Capitólio.

“(…), a determinada altura, fora do quadro legal que regula o direito à reunião e manifestação, uma parte dos manifestantes decidiu iniciar um desfile por várias artérias da cidade de Lisboa até à zona do Capitólio, onde concentraram, desfile esse para o qual não existiu qualquer comunicação à Câmara (…), obrigando ao corte inopinado de várias artérias da cidade”.

Acontece que, como, aliás refere a PSP, "o local final de concentração (junto ao Capitólio), também não foi comunicado à CML, conforme obriga o atual quadro legal.

Protesto gera críticas da Esquerda à Direita

Vereadores do PS da Câmara de Lisboa entregaram, hoje, uma moção para que autarca Carlos Moedas apresente queixa ao Ministério Público, sustentando que “não é tolerável em democracia que um debate eleitoral seja cercado por uma manifestação, menos ainda por elementos de forças e serviços de segurança".

Já ontem, no arranque do debate, Pedro Nuno Santos foi muito critico do protesto e esta terça-feira mais partidos criticaram a ação espontânea de alguns polícias.

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