Depois de se reunirem ao final da tarde junto ao Ministério da Administração Interna, centenas dos polícias dirigiram-se (de forma espontânera) para o Capitólio, onde decorre esta noite o debate entre os líderes do PS e do PSD. Os sindicatos demarcam-se do protesto no local do debate eleitoral.
No trajeto a pé entre a Praça do Comércio e o Capitólio, os elementos das forças de segurança assobiaram e gritaram "Polícia unida jamais será vencida".
Já perto do Capitólio, na entrada do Parque Mayer, cantaram (por várias vezes) o hino nacional e, em coro, gritam, por exemplo, “Vergonha”. Com bandeiras de Portugal e, pelo menos, um grande cartaz, ficaram parados junto às barreiras de segurança. No local, ouvem-se apitos, palmas e assobios.
O protesto junto ao Capitólio foi marcado nas redes sociais de forma espontânea e não conta com a participação da Plataforma dos Sindicatos e Associações da PSP e GNR.
A comandante responsável pelo policiamento junto ao Capitólio disse à Lusa que a manifestação não estava autorizada e que os promotores vão ser identificados.
Os polícias deverão ficar junto ao Capitólio até ao final do debate entre Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS, e Luís Montenegro, presidente do PSD, os dois principais candidatos a primeiro-ministro nas eleições legislativas.
Ao final da tarde, cerca de 3 mil polícias juntaram-se na Praça do Comércio, em frente ao Ministério da Administração Interna, a protestar por melhores condições salariais.
Com cartazes e bandeiras de Portugal, muitos dos manifestantes vestiam camisola preta.
Os elementos da PSP e da GNR estão em protesto há mais de um mês para exigir um suplemento idêntico ao atribuído à PJ. As manifestações em Lisboa e Porto, consideradas as maiores de sempre, juntaram milhares de elementos das forças de segurança.