Depois de ter reunido esta manhã com as chefias da PSP e da GNR, o Ministro da Administração Interna garante que a segurança nas eleições legislativas será assegurada e que vão ser participados ao Ministério Público todos os indícios de ligações entre os protestos da polícia e movimentos extremistas.
Em entrevista à SIC Notícias, José Luís Carneiro avança que a Inspeção Geral da Administração Interna abriu 13 processos disciplinares na sequência de uma reportagem da SIC que abordava a possibilidade de 591 polícias praticarem crimes de ódio nas redes sociais.
“Há um anos trás, no seguimento de uma reportagem que foi desenvolvida pela vossa televisão e também pelo jornal Expresso fizemos uma comunicação formal de todos os indícios para a Inspeção Geral da Administração Interna, que entretanto, apresentou as conclusões, nomeadamente, em relação a 13 procedimentos disciplinares”, disse José Luís Carneiro.
O ministro adiantou ainda que os indícios estão a ser investigados pelo Ministério Público.
Este sábado, em entrevista na SIC Notícias, Armando Ferreira, presidente do Sindicato Nacional da Polícia, avisou que para além dos jogos de futebol, como aconteceu com o Famalicão-Sporting, também as eleições no dia 10 de março podem estar em risco.
No entanto, à SIC Notícias, o Ministro da Administração Interna garantiu que a segurança nas eleições legislativas não vai estar em causa, até porque "há um dever de cooperação entre as forças e serviços de segurança" .
MAI não irá permitir “atos que possam colocar em causa a segurança dos cidadãos”
Para José Luís Carneiro, o direito à manifestação é legitimo e tem sido legitimamente exercido, mas não pode ser confundido com indisciplina e atos de insubordinação que coloquem em risco o Estado de Direito.
Nesse sentido, o ministro disse que não permitirá atos que possam colocar em causa a segurança dos cidadãos, tendo já mandado instaurar processos de inquérito disciplinar.
José Luís Carneiro garantiu que, "por intermédio" do comandante-geral da GNR e do diretor nacional da PSP, não permitirá "atos que possam colocar em causa a segurança dos cidadãos".