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Nuno Melo: “Tenho pena que a Iniciativa Liberal não esteja já nesta AD”

Nuno Melo afirma que PSD, CDS e IL juntos teriam maior possibilidade de conquistar uma maioria absoluta nas eleições. O Chega fica de fora da equação. Sobre os tempos negros da Troika, o líder do CDS diz-se focado no futuro.

Ana Patrícia Carvalho

Carolina Botelho Pinto

Nuno Melo assume, em entrevista à SIC Notícias, que a Iniciativa Liberal poderá ajudar a conseguir uma maioria saída das eleições de 10 de março. O líder do CDS lamenta que o partido não faça parte “já” da Aliança Democrática e recusa ainda qualquer negociação com o Chega.

“Tenho pena que a IL não esteja já nesta AD. Os três partidos juntos teriam uma maior possibilidade de garantir mais mandatos e conseguir maioria absoluta. (...) Bom mesmo era maioria absoluta para a AD. Se não acontecer, logo se vê”, diz.

Questionado sobre o Chega, Nuno Melo coloca o partido de André Ventura fora da equação, classificando-o como um “aliado útil do PS”. Nuno Melo recorda que o líder do Chega já se mostrou disposto a travar um Governo “do seu próprio espaço político”.

Um projeto do passado? “Um projeto vencedor”

Em resposta a Pedro Nuno Santos, que esta sexta-feira acusou a AD de ser um “projeto do passado”, Nuno Melo diz que a AD “vale para o século XX como para o XXI” e recorda que, sempre que PSD e CDS concorrem juntos, vencem as eleições.

“O CDS garante uma alternativa estável e credível através desta AD. É o que se impõe depois de oito anos de governação má que precisa de um ciclo político, em alternativa, de centro-direita.”

“Não está em causa a escolha do mais radical, mas sim a dos mais credíveis e dos mais capazes, estáveis para trazer a Portugal um ciclo de crescimento, de eficácia nos serviços públicos, que devolva rendimentos às famílias e empresas”, defende.

Sobre o período negro da Troika, o líder do CDS lembra que essa “não foi uma vontade do PSD nem do CDS”, “foi negociada pelo engenheiro José Sócrates”. Diz-se de olhar focado no futuro, mesmo que dos tempos passados “só possamos levar medalhas ao peito”.

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