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"Não vai haver paz": estudantes atiram tinta verde contra o Ministério do Ambiente

O grupo Greve Climática Estudantil revela que a partir de 13 de novembro, os estudantes irão iniciar uma onda de ações que irão "parar escolas e instituições". O coletivo exige o fim dos combustíveis fósseis e "eletricidade 100% renovável".

SIC Notícias

Grupo de estudantes atira tinta verde contra a fachada do Ministério do Ambiente, em Lisboa, em protesto contra o "falhanço do Governo" relativamente à transição energética.

Durante a manhã desta sexta-feira, vários jovens do grupo Greve Climática Estudantil, promoveram uma ação de protesto no Ministério do Ambiente e, para além de terem atirado tinta, colaram na porta de entrada do edifício um plano para um serviço público de energias renováveis.

O coletivo exige o fim dos combustíveis fósseis até 2030 e a "eletricidade 100% renovável e acessível até 2025", de acordo com um comunicado enviado às redações.

"Viemos mostrar o que todos viram esta semana: quem aperta as mãos com o sistema fóssil suja-se", refere Matilde Ventura, porta-voz desta ação, citada no documento. "A corrupção é inevitável num sistema vergado às empresas, em que governos e instituições negoceiam o nosso futuro a troco de lucro", acrescenta.

O grupo entende que os objetivos acima enumerados só poderão ser alcançados "com um serviço público de energias renováveis e com controlo público e democrático".

“O Governo caiu, mas não vai haver paz até ao último inverno de gás”

No momento em que alguns estudantes levavam a cabo o protesto, uma jovem fez um discurso, que foi posteriormente partilhado na página de Instagram da Greve Climática Estudantil, em que diz que os responsáveis pelo próximo Ministério do Ambiente têm de garantir o fim dos combustíveis fósseis.

"O Governo caiu, mas não vai haver paz até ao último inverno de gás. Qualquer que seja o Governo, não vai haver paz: a crise climática não para e o nosso futuro tem de ser assegurado. Sem futuro não há paz" (…) Esta é a vossa oportunidade de se pronunciarem (…) Querem acabar com este sistema fóssil ou fazer parte dele?", questiona a mesma jovem.

Protestos desta ordem têm vindo a ser cada vez mais frequentes e parece que não ficarão por aqui. O grupo revela que a partir de 13 de novembro, os estudantes irão iniciar uma onda de ações que irão "parar escolas e instituições".

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