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Marcelo voltou a cair num "deslize" e não soube corrigir "da única forma" aceitável

Para Paulo Baldaia, o Presidente da República devia ter dito: "Eu errei, não quis dizer aquilo. A minha opinião é a de condenação, um cessar-fogo e a existência de dois Estados". No Expresso da Manhã, fala ainda do conflito Israel-Hamas e das manifestações contra o aumento do IUC.

Paulo Baldaia

Paulo Baldaia, comentador da SIC, considera que o Presidente da República cometeu um "deslize" e não teve capacidade de corrigir. Sobre Israel, defende que vai derrotar o Hamas, mas pode não conseguir libertar os reféns. Já sobre o aumento do Imposto Único de Circulação (IUC), depois dos protestos do fim de semana, espera que haja alterações.

No Expresso da Manhã, Paulo Baldaia diz que Marcelo Rebelo de Sousa percebeu o "alarido que fez", até porque já tentou corrigir três vezes a conversa com o embaixador da Palestina.

"Quando utiliza o pronome indefinido 'alguns' para corrigir o facto de ter dito 'vocês' é um pronome demasiado indefinido para querer colocar uma responsabilidade que tem um nome", afirma o comentador da SIC.

Mesmo quando corrige para 'alguns', o Presidente está a "atribuir culpa aos palestinianos, acrescenta.

Lembrando que, anteriormente, o chefe de Estado disse que 400 vítimas de pedofilia "era pouco", Paulo Baldaia refere que "não é a primeira vez" que "cai em deslizes".

"Cometeu um deslize e não teve capacidade de corrigir da única forma que existe: 'eu errei, não quis dizer aquilo, a minha opinião é a de condenação ao que está a acontecer, que é um pedido de um cessar-fogo e a existência de 2 Estados", refere.

Em relação à guerra no Médio Oriente, diz que Israel "vai derrotar o Hamas", mas pode não conseguir libertar os reféns.

Sobre o aumento do IUC, que levou a protestos por todo o país no fim de semana, Paulo Baldaia espera que "aconteça alguma coisa", até porque o orçamento ainda está em discussão na especialidade.

"É verdade que existe travão, mas as pessoas sabem fazer as contas. Numa altura em que a capacidade de trocar de carro é diminuta, percebe-se que as pessoas estejam a protestar", diz.

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