País

Pizarro diz que acordo do PSD contribuiu para "dificuldades no SNS"

No tempo da Troika, segundo o ministro da Saúde, houve um acordo que precarizou a profissão dos médicos, com exigências de 40 horas de trabalho semanais.

Maria Madalena Freire

SIC Notícias

No Parlamento, e enquanto decorrem as negociações com os médicos, o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, diz que a maior dificuldade tem sido reverter o acordo feito pelo PSD quando era Governo.

No segundo dia de debate que incide sobre o Orçamento do Estado para 2024, o ministro da Saúde esteve sob escrutínio dos partidos políticos, nomeadamente por não conseguir chegar a consensos e acordos nas negociações com os médicos - que pedem melhores salários e menos horas de trabalho.

Nesse sentido, o ministro da Saúde Manuel Pizarro, respondeu ao PSD que o principal ponto das negociações é reverter um acordo danoso para o SNS que foi elaborado pelo Partido Social Democrata quando estava no Governo.

“A maior negociação entre o Governo e os sindicatos dos médicos é o ritmo a que vamos reverter o acordo do PSD, o que mais nos pedem é para reverter esse acordo que deixou tantas saudades, o PSD vive dessa saudade do tempo da Troika, mas é o acordo que os médicos se querem ver livres porque lhes impôs aos médicos um horário semanal de 40 horas e 18 horas de serviço de urgência é um acordo que contribuiu para as dificuldades que hoje temos no Serviço Nacional de Saúde”, exclamou o ministro.

A negociação

Os sindicatos dos médicos e o ministro da Saúde voltam a encontrar-se esta terça-feira, após uma reunião no domingo que durou mais de nove horas e terminou sem acordo na madrugada de segunda-feira.

Pelas 02:00 de segunda-feira, a presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fnam), Joana Bordalo e Sá, disse que as negociações seriam retomadas hoje pelas 14:30.

A dirigente sindical referiu "um compromisso" do Governo para repor o horário semanal de 35 horas para todos os médicos assim que o desejem e das 12 horas semanais de trabalho nos serviços de urgência.

Mas, em comunicado, a Fnam criticou o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, por "não ter sido capaz de um acordo digno e sem artimanhas escondidas nas cláusulas, com a justa atualização da grelha salarial para todos os médicos" do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

A contraproposta dos sindicatos apresentada ao Governo prevê um aumento salarial transversal de 30%.

Últimas