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Operação Tempestade Perfeita: João Gomes Cravinho implicado por um dos arguidos

Ministro acusado por Paulo Branco de “acertar contas” com o ex-secretário de Estado, Marco Capitão Ferreira, através de um contrato. Cravinho nega esse cenário.

SIC Notícias

Expresso

O ex-ministro da Defesa João Gomes Cravinho foi implicado na Operação Tempestade Perfeita por um dos arguidos.

Segundo o jornal Expresso, Paulo Branco, um dos acusados pelos crimes de corrupção e branqueamento na operação Tempestade Perfeita, acusa o ex-ministro da Defesa, atual titular da pasta dos Negócios Estrangeiros, de ter concordado em fazer um contrato de assessoria com Marco Capitão Ferreira para o compensar pelos trabalhos realizados.

O Expresso revela que no interrogatório complementar rea­lizado em julho, Paulo Branco declarou à procuradora do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa que Marco Capitão Ferreira “participou naquilo a que”, no ministério, chamavam de “Grupo Ninja”, ou “‘Black Ops’, para usar uma expressão militar”, no sentido de elaborar, de forma clandestina, um estudo para a “revisão do setor empresarial do Estado da Defesa”.

A existência do grupo acabou por ser confirmada por Cravinho, em reação a uma notícia da revista Visão. Com o mais recente depoimento de Paulo Branco, estabelece-se uma ligação entre o contrato de assessoria e o “Grupo Ninja”, sendo que o primeiro terá servido para pagar os trabalhos gratuitos da “comissão fantasma”, com o alegado apoio do então titular da pasta da Defesa.

João Gomes Cravinho nega que este contrato fosse uma contrapartida pelo trabalho do ex-secretário de Estado da Defesa.

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