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Tempestade Perfeita: Ministério da Defesa alvo de auditoria

O ex-secretário de estado foi inicialmente constituído arguido no processo Tempestade Perfeita, estando agora a ser investigado num processo autónomo.

Ana Filipa Nunes

André Miguel

Carlos Craveira

Marco Capitão Ferreira escreveu o convite e o caderno de encargos para o concurso público do Ministério da Defesa. O ex-secretário de Estado foi o vencedor e por cinco dias de trabalho recebeu mais de 60 mil euros. No Ministério decorre desde a semana passada uma auditoria da Inspeção-Geral da Defesa Nacional.

Marco Capitão Ferreira foi o autor das peças jurídicas apreendidas no processo Tempestade Perfeita, no âmbito do concurso público realizado pelo Ministério da Defesa, que o próprio venceu.

A informação é avançada pelo Correio da Manhã, mas foi confirmada pela SIC.

Os dados foram revelados numa troca de e-mails, no início de fevereiro de 2019, entre Paulo Branco, o funcionário e diretor da Direção Geral de Recursos da Defesa Nacional (DGRDN) Alberto Coelho, e Marco Capitão Ferreira.

O jornal Expresso avança que a suspeita terá sido lançada numa mensagem trocada na rede social Whatsapp entre os três arguidos.

Paulo Branco escreveu que Capitão Ferreira recebeu 50 mil euros para assessorar a negociação, quando existia um contrato com a sociedade de advogados, Sérvulo, e quando já se sabia que dias depois iria tomar posse como presidente das Indústrias de Defesa (IDD), numa nomeação do ministro João Gomes Cravinho.

O ex-secretário de estado foi inicialmente constituído arguido no processo Tempestade Perfeita, estando agora a ser investigado num processo autónomo.

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