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Suspeito na morte de agente da PSP Fábio Guerra entrega-se às autoridades

Clóvis Abreu é suspeito de envolvimento na morte de Fábio Guerra, de 26 anos, à porta de um estabelecimento de diversão noturna, em Lisboa, em março de 2022. Encontrava-se em fuga há mais de um ano.

SIC Notícias

Lusa

Clóvis Abreu, suspeito na morte do agente da PSP Fábio Guerra, em março de 2022, à porta de uma discoteca entregou-se esta segunda-feira, no Ministério Público, em Lisboa, e vai ser presente na terça-feira a juiz para conhecer as medidas de coação.

O suspeito, Clóvis Abreu, chegou durante a manhã desta segunda-feira ao Campus da Justiça, em Lisboa, acompanhado pelo advogado Aníbal Pinto. É suspeito de envolvimento na morte do agente da Polícia de Segurança Pública Fábio Guerra, à porta da discoteca Mome, em Lisboa. Clóvis Abreu ficou agora à guarda da Polícia Judiciária.

"Há um ano e meio o senhor Clóvis Abreu fez um requerimento a dizer que se queria apresentar e aguardou que fosse marcado. Houve uma dificuldade de comunicação, um engano, não sei o que aconteceu... Nunca recebeu um requerimento a dizer para se apresentar. Portanto, tornou a fazer outro requerimento, teve a resposta e hoje [segunda-feira] apresentou-se", explicou o mandatário aos jornalistas.

Defesa pede que medidas de coação não impliquem privação de liberdade

Em declarações às televisões à saída do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, Aníbal Pinto lembrou que Clóvis Abreu se apresentou esta segunda-feira de forma voluntária e que isso deveria significar uma medida de coação aplicada pelo juiz de instrução criminal que não implicasse a privação de liberdade.

"Estava perfeitamente ciente de que poderia e deveria ser detido, no meu entender de forma desnecessária. Amanhã, o juiz de instrução vai aplicar uma medida de coação, aguardaremos. Para que ele seja privado de liberdade é preciso que exista um dos pressupostos... Não há perigo de fuga, não há perigo de continuação da atividade criminosa, não há perigo de perturbação de inquérito", salientou.

Dois dos envolvidos já foram condenados

Na passada terça-feira, Aníbal Pinto, advogado do suspeito, Já tinha confirmado que Clóvis iria entregar-se “voluntariamente”, três meses depois de conhecida a condenação dos outros dois envolvidos - os ex-fuzileiros Cláudio Coimbra e Vadym Hrynko, a 20 e 17 anos de prisão.

"Aguarda resposta do Ministério Público. A razão é que ele pediu há mais de um ano para ser ouvido e nunca teve resposta. Agora vai voltar", afirmou o advogado na passada semana.

O agente da PSP de 26 anos, morreu em 21 de março de 2022, no Hospital de São José, em Lisboa, devido a "graves lesões cerebrais" sofridas na sequência das agressões de que foi alvo no exterior da discoteca, quando se encontrava fora de serviço.

Artigo atualizado às 11:23

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