Milhares de pessoas manifestaram-se ontem em vários pontos do país em defesa do Serviço Nacional de Saúde. Os protestos foram marcados pela CGTP para contestar a falta de condições e de profissionais em centros de saúde e hospitais.
"O povo merece melhor SNS"
Exigem mais investimento no Serviço Nacional de Saúde para dar melhores condições a profissionais e utentes.
Sábado foi dia de manifestações da CGTP em todo o país. Em Lisboa, centenas de pessoas saíram à rua para pedir ao Governo mais empenho na melhoria do SNS e salários mais altos para os profissionais de saúde. Para todos os profissionais de saúde.
Em Portugal, um milhão e 700 mil pessoas não tem médico de família. 70% na região de Lisboa e Vale do Tejo.
Ainda esta semana, o Governo aprovou o diploma da dedicação plena no SNS. Decisão criticada pelos sindicatos e polo PCP.
Num protesto organizado pela estrutura sindical ligada ao PCP também quem está no outro extremo da política portuguesa quis participar.
Mas a presença do deputado do chega não foi bem aceite por todos os manifestantes.
Foram mais de 20 as ações de protesto em todo o país organizadas pela CGTP. Em todas, a mesma exigência.
Numa altura em que se prepara o orçamento do estado para o próximo ano, pedem mais dinheiro para o SNS.
Pizarro considera “inaceitável”
Em resposta à contestação, Manuel Pizarro considerou inaceitável haver utentes de madrugada à porta dos centros de saúde. O ministro da Saúde reconhece que este é talvez o maior problema do SNS.
As imagens são da semana passada, à porta do centro de saúde da Alta de Lisboa, mas o problema repete-se praticamente todas as semanas e em muitas unidades de saúde do país. Utentes que formam fila durante a madrugada para tentarem ser vistos por um médico.
Uma situação que o ministro, admite deverá manter-se durante mais um ano.
Mais de um milhão e meio de utentes não têm médico de família atribuído.
Manuel Pizarro reconhece o problema mas garante estar a trabalhar para mudar essa realidade.
Medidas para mitigar a falta de médicos no SNS, que segundo a associação de Medicina Geral e Familiar não têm tido impacto.
A região de Lisboa e Vale do Tejo continua a não conseguir atrair jovens médicos de família, mas o problema é todo o país.
No concurso deste ano, mais de 80 % das vagas em Lisboa ficaram por preencher