As escolas estão a reabrir e cerca de 80 mil alunos continuam sem professor a pelo menos uma disciplina. O problema afeta, sobretudo, a região de Lisboa e Vale do Tejo.
Enquanto os corredores das escolas continuam vazios o tempo é aproveitado para tentar preencher os horários em falta. No agrupamento de escolas Ferreira de Castro, em Mem Martins faltam sobretudo professores do ensino especial.
“Neste momento faltam-nos 16 professores, com maior realce no ensino especial que faltam quatro com a agravante que são substituições e serem horários incompletos”, refere o diretor do agrupamento de escolas Ferreira de Casto, António Castelo-Branco.
Apesar da falta de docentes nesta escola não ser uma novidade, o diretor do agrupamento reconhece que o problema está a agravar-se e os efeitos são diretos na aprendizagem.
“Algumas alunos ainda têm sequelas da aprendizagem no período da pandemia e os últimos anos não têm sido calmos e serenos o suficiente para trabalhar essa recuperação e vamos continuar este ano a fazê-lo”, sublinha o diretor.
Apesar do Algarve e Lisboa e Vale do Tejo serem as regiões mais afetadas, as falhas sentem-se em todo o país. O cenário para este ano letivo é pouco animador e deixa mais uma vez os encarregados de educação angustiados.
No final desta semana será conhecida mais uma lista de colocações, que tudo indica não ser suficiente para garantir que todos os alunos comecem as aulas com professores a todas as disciplinas.