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"Esquecidos pelo poder": memorial às vítimas de Pedrógão inaugurado sem Marcelo nem Costa

Passados seis anos da tragédia em Pedrógão Grande, foi inaugurado um memorial às vítimas. Na cerimónia não esteve presente nem o Presidente da República, nem qualquer membro do Governo.

SIC Notícias

O memorial às 66 vítimas que morreram nos incêndios de Pedrógão Grande foi inaugurado seis anos após a tragédia. A cerimónia realizou-se sem a presença do Presidente da República e dos membros do Governo. As famílias das vítimas dizem que foram esquecidas pelo poder.

O momento em que foi depositada uma coroa de flores no monumento em homenagem as vítimas dos incêndios de 2017 foi um dos mais emotivos do dia. A cerimónia decorreu depois de uma missa, que não contou com a presença de membros do Governo, nem do Presidente da República.

António Costa fez uma publicação no Twitter a lembrar a tragédia. Diz que é preciso usar a memória para gerir melhor os incêndios.

A presidente da associação de vítimas de Pedrógão Grande assume que não fez qualquer convite a responsáveis políticos, mas, perante tantas faltas, acusa o Executivo de querer esquecer a tragédia.

O ministro da Administração Interna, que esteve este sábado em Santarém, adiantou que o Governo está a negociar com as autarquias uma nova homenagem às vítimas.

Já a presidência da República fez saber que Marcelo Rebelo de Sousa tenciona visitar zonas afetadas pelos incêndios ainda este mês – a Pedrógão Grande ainda não chegou qualquer informação oficial.

No local estiveram apenas uma delegação da Iniciativa Liberal, uma do Chega – que apareceu sem aviso prévio – e uma do PSD.

No final da reunião com a associação, o secretário-geral do PSD criticou o Executivo de governamentalizar o fundo Ervita, criado para apoiar as pessoas e reabilitar as áreas afetadas pelos incêndios. Já o líder da Iniciativa Liberal apela a Marcelo Rebelo de Sousa para que não se esqueça desta região.

Seis ano passados da tragédia, a floresta voltou a crescer e regressaram os alertas. Apesar das limpezas obrigatórias, há muitas áreas desordenadas no centro do país. É urgente olhar para este problema, para evitar que incêndios semelhantes se repitam.

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