Tragédia em Pedrógão Grande

"Não há ano que passe que nos faça esquecer a tragédia dos incêndios de 2017"

O primeiro-ministro lembra as vítimas de Pedrógão Grande quando passam seis anos sobre a tragédia.

O primeiro-ministro, António Costa, acompanhado pela presidente de AVIPD, Nádia Piazza, e pelo ministro da Agricultura, Capoulas Santos, à chegada para a visita à sede e reunião com a Associação de Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande, em Figueira, Pedrógão Grande, em 2018.
PAULO NOVAIS

SIC Notícias

Lusa

O primeiro-ministro evocou hoje a memória das vítimas dos incêndios de Pedrógão Grande, em 2017, no dia em que passam seis anos sobre a tragédia, indicando que uma homenagem acontecerá em data a escolher pela autarquia.

O primeiro-ministro aponta igualmente que "a memória deve acima de tudo reanimar a determinação de prosseguir o trabalho de reforma estrutural da floresta e de recordar o dever de todos" prevenir o risco de incêndio.

António Costa refere-se ainda ao memorial de homenagem às vítimas dos incêndios de 2017, da autoria do arquiteto Souto Moura, que foi aberto ao público na quinta-feira, sem cerimónia oficial de inauguração.

Na quinta-feira, a Infraestruturas de Portugal anunciou a abertura ao público do Memorial às Vítimas dos Incêndios de 2017.

O memorial está localizado junto à Estrada Nacional 236-1, na zona de Pobrais, Pedrógão Grande (Leiria), e é constituído por um lago e um muro que tem inscrito o nome das 115 vítimas dos incêndios florestais de junho e outubro de 2017.

A Associação de Vítimas dos incêndios de Pedrógão Grande denuncia a falta de gestão territorial e diz que as aldeias precisam apoio para garantir a segurança da população, salienta Dina Duarte, presidente da Associação.

Delegações do PSD, Iniciativa Liberal e Chega visitam memorial às vítimas de Pedrógão Grande

Marcelo Rebelo de Sousa já fez saber que tenciona visitar zonas afetadas pelos incêndios de Pedrógão Grande ainda este mês, mas a associação das vitimas ainda não tem conhecimento oficial desta visita

A informação foi adiantada pela Presidência da República depois da indignação das famílias das vitimas pela ausência do Presidente ou de qualquer membro do governo na inauguração do memorial .

Apenas uma delegação da Iniciativa Liberal e outra do PSD encabeçada pelo secretário-geral deram conhecimento prévio à associação e deslocaram-se esta manhã ao local.

Hoje assinalam-se seis anos desde os incêndios que deflagraram em 17 de junho de 2017 em Pedrógão Grande, e que alastraram a concelhos vizinhos, provocando a morte de 66 pessoas, além de ferimentos noutras 253, sete das quais graves. Os fogos destruíram também cerca de meio milhar de casas e 50 empresas.

A maioria das vítimas mortais foi encontrada na Estrada Nacional (EN) 236-1, que liga Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, junto à qual foi erguido o memorial.

Em outubro do mesmo ano, outros incêndios na região Centro provocaram 49 mortos e cerca de 70 feridos, registando-se ainda a destruição, total ou parcial, de cerca de 1.500 casas e mais de 500 empresas.

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