O presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, é um dos arguidos num processo à parte da chamada Operação Babel.
"A junção dos dois assuntos é uma maldade inqualificável", indica o autarca à SIC.
Contactado pela SIC, Eduardo Vítor Rodrigues garante que não teve qualquer intervenção ou envolvimento no caso que levou esta terça-feira à detenção do seu vice-presidente e no qual são investigados crimes de corrupção.
Ao que a SIC apurou, em causa estará outro processo que beneficiou das buscas desta terça-feira e que diz respeito à contratação dos CTT para a distribuição da revista municipal.
A "Operação Babel centra-se na viciação de normas e instrução de processos de licenciamento urbanístico em favor de promotores associados a projetos de elevada densidade e magnitude, estando em causa interesses imobiliários na ordem dos 300 milhões de euros, mediante a oferta e aceitação de contrapartidas de cariz pecuniário", explicou a Polícia Judiciária (PJ), em comunicado.
Durante a operação policial, segundo a PJ, foram efetuadas 55 buscas domiciliárias e não domiciliárias, em várias zonas do território nacional, em autarquias e diversos serviços de natureza pública, bem como a empresas relacionadas com o universo urbanístico.
As câmaras do Porto e de Vila Nova de Gaia assim como a Metro do Porto foram três dos locais alvo de buscas.