Marcelo Rebelo de Sousa discursa esta quarta-feira sobre os desafios da União Europeia (UE) numa sessão solene no Parlamento Europeu, na cidade francesa de Estrasburgo. Os eurodeputados portugueses esperam que o Presidente da República faça um discurso virado para a Europa, mas também para os temas na ordem do dia em Portugal.
O chefe de Estado português encontra-se esta manhã com Roberta Metsola, presidente do Parlamento Europeu, antes de discursar no hemiciclo. Perspetivando a intervenção de Marcelo Rebelo de Sousa, José Manuel Fernandes, eurodeputado do PSD, começou por dizer que o Presidente português “não vai falar do que o Governo devia fazer em Portugal”.
Acrescentou ainda que o Executivo deveria utilizar a “tempestade de milhões” que tem à sua disposição para tornar o país "mais competitivo, mais coeso, mais sustentável", de maneira que seja possível “deixar de depender os fundos” europeus.
Marcelo é “um europeísta convicto”
Isabel Silva, eurodeputada do PS, vincou que Marcelo Rebelo de Sousa é “um europeísta convicto”, motivo que o levará a fazer “um grande discurso sobre Portugal, a Europa e o futuro da Europa”.
Já o eurodeputado do Bloco de Esquerda, José Gusmão, confessou que “gostaria de ver” o chefe de Estado defender “um instrumento orçamental”, de forma que a União Europeia passe a ter instrumento permanente “para fazer o que está neste momento a fazer com o Plano de Recuperação e Resiliência, que é responder a crises de forma enérgica”.
José Pimenta Lopes, eurodeputado do PCP, por sua vez, referiu que Marcelo Rebelo de Sousa deveria focar, “em primeiro plano”, os problemas que afetam com maior intensidade a vida dos portugueses, nomeadamente a “habitação, o aumento das taxas de juro, os salários, o aumento do custo de vida e as baixas pensões”.