As reações ao discurso de Marcelo Rebelo de Sousa na sessão solene do 25 de Abril não foram unânimes. A maior parte dos partidos aplaude as palavras do Presidente da República, mas, por exemplo, a Iniciativa Liberal entende que o chefe de Estado minimizou a situação em que o país se encontra.
Marcelo Rebelo de Sousa falou de tolerância, pluralismo e de esperança perante alguma insatisfação. Para o líder do PSD, o discurso do chefe de Estado foi "importante para reforçar os valores do 25 de Abril".
O PS elogiou as palavras do Presidente da República e do presidente da Assembleia. No entanto, a Iniciativa Liberal considerou que os discursos do chefe do Estado e do presidente do Parlamento foram "duas tentativas de apaziguar e relativizar uma crescente insatisfação na sociedade portuguesa".
"Há falhas nos acessos aos serviços públicos, há problemas na educação, na saúde, na justiça, há falhas nas Forças Armadas e nas polícias e foram temas que passaram muito ao de leve nas duas intervenções", criticou o líder parlamentar da IL, Rodrigo Saraiva, em declarações aos jornalistas no final da sessão solene do 49.º aniversário do 25 de Abril.
O deputado da IL considerou que Marcelo Rebelo de Sousa já teve "intervenções bastante mais assertivas em outros momentos", e que o discurso de Augusto Santos Silva foi quase "uma ode ao imobilismo".
A Esquerda considera que o discurso de Marcelo tocou pontos importantes. O PCP diz que partilha as preocupações, nomeadamente, no que diz respeito à constituição.
O Chega não reagiu no Parlamento. André Ventura preferiu centrar a ação no protesto que o partido organizou contra a presença de Lula da Silva no Parlamento português.