Em dia de greve, não houve serviço de recolha de sangue no Hospital São João, no Porto. Para além disso, a paralisação teve também impacto nas consultas externas e uma adesão de 85% nos blocos operatórios do maior hospital do norte do país.
Enfermeiros, assistentes operacionais e assistentes técnicos lutam pela valorização das carreiras e aumentos salariais que suportem a subida do custo de vida.
“Os enfermeiros nunca põem em causa o agravamento do estado de saúde dos doentes. Por isso, nem se compreende o porquê das instituições e do Ministério da Saúde teimarem a alterar os mínimos. Num dia de greve, propunham que houvesse mais enfermeiros do que num dia normal”, criticou a dirigente do Sindicato dos Enfermeiros do Norte, Maria de Fátima Monteiro.
“É a primeira vez desde 2004 que há uma revisão da reposição da carreira dos enfermeiros. Mais de 17 mil enfermeiros já foram reposicionados e receberam retroativos em janeiro de 2022. São cerca de 80 milhões de euros por ano”, disse o ministro da Saúde.
No entanto, os profissionais de saúde querem mais do que vias abertas para o diálogo e, por isso, a paralisação teve forte impacto em todo o país.
Já os utentes mostram-se revoltados com o facto de não conseguirem ser atendidos e dizem não perceber os motivos da greve, nem o mau funcionamento público.