País

Greve na função pública: educação, saúde e finanças são os setores mais afetados

Há utentes surpreendidos com a paralisação, que afetou, um pouco por todo o país, a educação, a saúde, as finanças e até os transportes. Para este sábado está marcada uma manifestação nacional convocada pela CGTP, em Lisboa.

Canva

SIC Notícias

Esta sexta-feira é dia de greve da função pública. Em Lisboa, escolas também estão a sofrer o impacto da greve. A Frente Comum diz que que alguns estabelecimentos de ensino chegaram mesmo a fechar. Mas há também perturbações noutros serviços públicos, como as finanças e a segurança social. Em Coimbra, a educação foi um dos setores mais afetados. Por outro lado, está instalada a confusão sobre os serviços mínimos decretados para as escolas. Ministério da Educação, autarquias e sindicatos dos trabalhadores não docentes não se entendem.

Greve em Lisboa

A educação é um dos principais setores afetados pela greve na função pública.

Um pouco antes das 08:00, quem chega a esta escola onde a SIC esteve, em Lisboa, não sabe ao certo se fica ou se regressa a casa. Bruna Carvalho, de 17 anos, aluna do secundário, chega à escola depois de dias de protestos de professores. Trouxe a incerteza e o tempo necessário para ficar à espera, caso a greve entre em força na escola.

A greve é da função pública convocada pela Frente Comum, que diz que há escolas que tiveram de encerrar. No entanto, há outras onde a adesão rondará os 20%. Têm apenas alguns serviços de porta fechada, como a papelaria e o bar.

Além de escolas e hospitais, há perturbações noutros serviços públicos essenciais, como as finanças e a Segurança Social.

Quem chegava à sede da Segurança Social em Lisboa esta sexta-feira de manhã era surpreendido com o aviso da greve da função pública afixado à porta. Só pouco depois das 09:00 é que foi anunciado que só seriam atendidas as juntas médicas.

Na Loja do Cidadão das Laranjas, dezenas pessoas ficaram horas na fila sem saber se iam ser atendidas.

A última greve da função pública foi há quatro meses. Para sábado está marcada uma manifestação nacional convocada pela CGTP, em Lisboa.

Greve em Coimbra

Em Coimbra, a educação e a saúde foram dois dos setores mais afetados pela greve da função pública.

Na maior escola da cidade, que junta o secundário, o ensino das artes do conservatório e o articulado com a mistura das duas, foi preciso fazer contas para ver se era possível manter o funcionamento. Para os pais a notícia de chegar e ver as portas abertas foi bem recebida porque noutras greves tem acontecido o inverso.

Na saúde, os enfermeiros foram uma das profissões que aderiu ao protesto pelo crescente descontentamento no setor.

Além da saúde e da educação, a greve causou na cidade ainda problemas significativos nos transportes.

Polémica com os serviços mínimos

Está instalada a confusão sobre os serviços mínimos decretados para as escolas. Ministério da Educação, autarquias e sindicatos dos trabalhadores não docentes não se entendem.

O Ministério da Educação diz que os diretores das escolas têm competências sobre os trabalhadores não docentes. E, por isso, em dia de greve podem fixar horários de trabalho e distribuir serviço para garantirem os serviços mínimos decretados pelo tribunal arbitral.

câmara municipais que pensam o mesmo e há outras que pensam o contrário.

A autarquia de setúbal, por exemplo, diz que os trabalhadores não docentes já não pertencem ao ministério da Educação estando sob a alçada da câmara. Acrescenta que no processo de negociação no tribunal arbitral as autarquias não foram tidas nem achadas, logo os assistentes operacionais não estão abrangidos pelos serviços mínimos.

Já em Matosinhos, o entendimento é diferente.

O sindicato fala em pressão e diz que os serviços mínimos são ilegais.

Últimas