Numa análise à demissão de Alexandra Reis, José Gomes Ferreira levantou questões à atuação da Comissão do Mercado de Valores Mobiliário (CMVM) no esclarecimento da saída da secretária de Estado da TAP.
“A CMVM vem dizer: como não é cotada [a TAP], ou seja, não tem as suas ações cotadas em mercado, não tem de dizer porque é que uma senhora sai, se foi a administração que a obrigou ou se foi ela que decidiu rescindir. Porquê esta pressa?”, questionou.
E continuou:
“Foi porque a renovação dos órgãos sociais da CMVM e do Banco de Portugal aconteceram há poucos dias? E foram renovados por Fernando Medina? Que país é este onde vivemos?”
José Gomes Ferreira considera que Portugal corre o risco de cair numa “Venezualização” das instituições e da vida pública, onde o Governo nomeia e domina a maior parte das instituições de controlo.
“Estamos a assistir a um momento muito triste da nossa democracia”, apontou.
O ministro das Finanças, Fernando Medina, pediu esta terça-feira a demissão da secretária de Estado do Tesouro, Alexandra Reis após a polémica indemnização de 500 mil euros paga pela TAP à ex-administradora.