Os incêndios de Pombal continua ativo, de Ourém está dominado e em Ribeira de Pena encontra-se em resolução. Estes são os três incêndios que, esta segunda-feira de manhã, mais preocupavam as autoridades.
O oficial de operações da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) Rodrigo Bretelo referiu que "durante a noite não houve necessidade de evacuar localidades", acrescentando que "não houve habitações em perigo" e que os "três incêndios estiveram sempre tanto ao nível da consolidação e rescaldo como ao nível do perigo para habitações e populações controlados".
O incêndio em Ourém, no distrito de Santarém, está ativo desde quinta-feira e é, neste momento, o que mobiliza mais meios. Pelas 10:15, cerca de 600 operacionais estão no terreno apoiados por cerca de 200 veículos e quatro meios aéreos.
A Proteção Civil alerta que a situação ainda é complexa, apesar de o incêndio ter sido já dado como dominado.
No distrito de Leiria, o incêndio em Pombal mobiliza mais de 340 operacionais e cerca de 100 veículos. A humidade e as temperaturas baixaram durante a noite, o que contribuiu para o combate ao fogo.
O incêndio que deflagrou domingo em Canedo, Ribeira de Pena, se estendeu ao concelho de Boticas e atingiu floresta de pinheiro-bravo, está em fase de resolução, segundo fonte da Proteção Civil.
O alerta para o fogo foi dado às 15:15, em Canedo, concelho de Ribeira de Pena, mas as chamas acabaram por ir em direção ao concelho vizinho de Boticas, ambos no distrito de Vila Real.
O comandante distrital de operações de socorro de Vila Real (CODIS), Miguel Fonseca, disse esta segunda-feira de manhã à agência Lusa que o incêndio está a "ceder aos meios" e que os "trabalhos estão a correr favoravelmente".
No terreno há operacionais que estão a proceder ao combate, enquanto outros estão já em ações de consolidação e rescaldo e outros em ações de vigilância. No local estavam, pelas 09:30, 154 operacionais com 44 viaturas, bem como uma máquina de rasto.
Portugal continental entrou esta segunda-feira às 00:00 em situação de contingência, que deverá terminar às 23:59 de sexta-feira, mas poderá ser prolongada caso seja necessário.
A declaração da situação de contingência foi decidida devido às previsões meteorológicas para os próximos dias, que apontam para o agravamento do risco de incêndio, com temperaturas que podem ultrapassar os 45º em algumas partes do país, segundo disse, no sábado, o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro.
Devido à situação de risco, Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil e a Comissão Europeia mobilizou, no domingo, dois aviões espanhóis para combater os incêndios no território português.