A Estónia anunciou esta sexta-feira que vai solicitar à NATO a ativação do artigo 4.º do Tratado do Atlântico, que prevê consultas entre aliados em caso de ameaça, após a violação do seu espaço aéreo por três caças russos.
"Tal violação é completamente inaceitável. O Governo estónio decidiu solicitar consultas nos termos do artigo 4.º da NATO", escreveu o primeiro-ministro, Kristen Michal, numa mensagem na rede social X.
O Governo da Estónia denunciou esta sexta-feira a entrada de três caças russos no espaço aéreo do país, onde alegadamente permaneceram, sem permissão, 12 minutos, e convocou o representante de Moscovo (encarregado de negócios) para protestar perante tal incidente.
De acordo com um responsável da NATO, que falou sob anonimato e citado pelas agências internacionais, F-35 italianos, aviões de combate fabricados nos Estados Unidos que participavam numa missão de vigilância do Báltico, intervieram para intercetar os caças russos.
Polónia também invocou o artigo 4.º da NATO
O incidente desta sexta-feira na Estónia é o terceiro nas últimas duas semanas, depois da invasão do espaço aéreo da Polónia por drones (aeronaves pilotadas remotamente) russos, que desencadeou uma intervenção da Força Aérea polaca, e de um episódio semelhante na Roménia.
Na ocasião, a Polónia também invocou o artigo 4.º da NATO.
Horas depois do incidente desta sexta-feira, a Guarda de Fronteiras da Polónia informou que dois caças russos sobrevoaram "a baixa altitude" a plataforma petrolífera Petrobaltic, no Mar Báltico, violando a zona de segurança da infraestrutura.
"As Forças Armadas polacas e outros serviços foram notificados", acrescentaram as autoridades polacas.
Varsóvia sublinhou que os serviços de segurança monitorizam permanentemente a situação da infraestrutura marítima crítica, incluindo fora das águas territoriais polacas.
Com Lusa