Através do texto de William Shakespeare, Susana Vieira personifica Lady Mcbeth para dramatizar uma carreira que começou nos anos 60, quando dos palcos amadores passava para os cenários de televisão.
“Fui uma cria da televisão, apesar de fazer teatro o tempo todo, mas não tem a mesma visibilidade que a televisão, então muita pouca gente sabe. Mas é tão importante como a televisão. Acho que isso me fez uma atriz melhor”, conta.
A chegada à televisão Globo, em 1970, viria a transformar o percurso da atriz. Com a novela “O Espigão” venceu o primeiro prémio da carreira.
As personagens em “Anjo Mau”, em 1976, e em “A Sucessora”, dois anos depois, afirmavam a capacidade camaleónica de Susana Vieira.
Em 1991 subiu ao palco com um texto de Miguel Falabella. “A Partilha” estaria mais de sete anos em cartaz. Ainda nos anos 90, na novela “Por amor” interpretou uma das vilãs mais memoráveis da televisão brasileira.
“Já fiz de rica, pobre, má, boa. Eu já fiz tudo, mas sempre com muita responsabilidade. Quero ser sempre a melhor.”
Com mais de 60 anos de carreira, foi protagonista em várias das mais de 40 novelas em que participou. “Senhora do Destino”, em 2004, foi uma das mais marcantes.
Reconhecida no Brasil e em Portugal, onde chegou grande parte do trabalho, aos 83 anos Susana Vieira vai continuar a subir ao palco.
“Eu não posso parar, porque ainda tenho coisinhas engraçadas para dizer.”