A Roménia considerou este domingo que a entrada de um drone russo no seu espaço aéreo representa um novo desafio de segurança e a chefe da diplomacia europeia classificou a ação como inaceitável.
Em comunicado, o Ministério da Defesa sublinhou que "condena veementemente as ações irresponsáveis da Rússia" e disse ainda que este tipo de ações "representam um novo desafio à segurança regional e à estabilidade na região do Mar Negro".
"Tais incidentes demonstram a falta de respeito da Rússia pelo direito internacional", acrescentou o ministério romeno a propósito da entrada de um drone russo no espaço aéreo da Roménia, durante um ataque russo contra infraestruturas na vizinha Ucrânia.
Também a alta representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Kaja Kallas, reagiu, classificando o que aconteceu como "inaceitável" e acusando Moscovo de provocar uma "escalada imprudente".
"A violação do espaço aéreo romeno por drones russos é mais uma violação inaceitável da soberania de um Estado-membro da União Europeia", escreveu Kaja Kallas na rede social X.
Depois da entrada de um drone russo no espaço aéreo da Roménia, a defesa romena enviou na noite de sábado dois caças F-16 para monitorizar a situação. Na quarta-feira, a Rússia lançou mais de 450 drones e mísseis contra a Ucrânia, que Moscovo invadiu em fevereiro de 2022.
O primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, indicou que 19 destas aeronaves não-tripuladas violaram o espaço aéreo da Polónia, membro da NATO e da UE. Três drones foram abatidos, com a ajuda de caças furtivos F-35 neerlandeses.
Estes drones de baixo custo são sensíveis à forte interferência eletrónica ucraniana, que pode perturbar a trajetória. O Ministério da Defesa russo garantiu que "não havia qualquer intenção de atacar alvos em território polaco".