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Trump descreve a violência doméstica como um crime "menos grave"

Donald Trump gerou polémica ao minimizar a gravidade da violência doméstica num discurso sobre liberdade religiosa. O Presidente norte-americano sugeriu que discussões entre casais não deveriam ser consideradas crimes, provocando críticas de organizações de defesa dos direitos das mulheres e de figuras políticas. As declarações contrastam com as estatísticas que revelam a prevalência da violência doméstica nos EUA.

Mark Schiefelbein/Reuters

Lusa

O Presidente norte-americano, Donald Trump, foi esta segunda-feira acusado de minimizar a gravidade da violência doméstica, depois de ter afirmado num discurso que se tratava de um crime "menos grave" que não deveria aparecer nas estatísticas.

O republicano, que afirma ter restaurado a ordem em Washington, D.C., criticou os seus opositores por inflacionarem os números dos crimes para manchar o seu historial.

"Coisas muito menos graves, coisas que acontecem em casa, chamam-lhes crimes", apontou Donald Trump, durante um discurso dedicado à liberdade religiosa.
"Se um homem tem uma pequena discussão com a mulher, chamam-lhe crime", acrescentou, provocando risos na plateia, de acordo com um jornalista da agência France-Presse (AFP) presente.
"Donald Trump mostrou-nos --- mais uma vez --- aquilo em que acredita", lamentou Kim Villanuava, presidente da NOW, um coletivo de organizações de defesa dos direitos das mulheres.

Villanuava criticou o chefe de Estado norte-americano por ser cego perante o problema, num comunicado enviado à AFP.

"Sim, Sr. Presidente, a violência doméstica é crime", destacou, por sua vez, Kris Mayes, procuradora-geral democrata do Arizona, na rede social X.

Aproximadamente 41% das mulheres e 26% dos homens nos Estados Unidos sofrem violência sexual, violência física ou perseguição por parte dos seus parceiros, de acordo com um inquérito publicado pela principal agência de saúde dos EUA (CDC).

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