O presidente do estado da Palestina, Mahmoud Abbas, reuniu-se esta noite com o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, em Londres, Reino Unido, disse um porta-voz de Downing Street.
Os dois líderes discutiram "a urgência de pôr fim ao terrível sofrimento e à fome" em Gaza e à libertação dos reféns detidos pelo Hamas, indicou na noite de segunda-feira o porta-voz de Londres.
Mahmoud Abbas saudou o "compromisso" do Reino Unido em "reconhecer um estado palestiniano durante a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU)", que se realizará de 9 a 23 de Setembro em Nova Iorque, nos Estados Unidos (EUA), acrescentou o porta-voz.
Vários países, incluindo a França, anunciaram a intenção de reconhecer o Estado da Palestina na Assembleia Geral.
Keir Starmer anunciou no final de julho que o Reino Unido iria reconhecer o Estado da Palestina em setembro, a menos que Israel assumisse uma série de compromissos, incluindo um cessar-fogo na Faixa de Gaza.
Israel condenou o anúncio de reconhecimento do Estado da Palestina, destacando ser "uma recompensa para o Hamas", o movimento islamista palestiniano que atacou Israel em 2023.
Durante o encontro, os dois líderes concordaram que "não haveria qualquer papel para o Hamas na futura governação da Palestina" e enfatizaram a necessidade de uma "solução a longo prazo" para o conflito.
O presidente israelita, Isaac Herzog, também é esperado no Reino Unido na terça-feira para uma visita oficial a Londres, de acordo com o gabinete do presidente israelita.
O presidente israelita "concentrar-se-á", "durante as suas reuniões diplomáticas", na libertação dos reféns, "além de outras questões políticas", segundo o gabinete de Isaac Herzog.
O objetivo da visita de Isaac Herzog é demonstrar a sua "solidariedade com a comunidade judaica, que sofre ataques violentos e enfrenta uma onda de antissemitismo", segundo a mesma fonte.
O conflito no enclave foi desencadeado pelos ataques liderados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, onde perto de 1.200 pessoas morreram e cerca de 250 foram feitas reféns.
Em retaliação, Israel lançou uma vasta operação militar no território, que já provocou mais de 63 mil mortos, segundo as autoridades locais, a destruição de quase todas as infraestruturas do enclave e a deslocação de centenas de milhares de pessoas.