A pouco mais de um mês da tomada de posse, Donald Trump já começou a distribuir convites e alguns vão além do continente norte-americano. A cerimónia acontece dia 20 de janeiro, em Washington, precisamente oito anos depois de ter tomado posse pela primeira vez.
Agora, Trump faz questão de demonstrar poder e supremacia e quer que o presidente chinês Xi Jinping esteja lá para assistir. A televisão norte-americana CBS News avança com pormenores. Diz que o convite foi feito pouco depois de serem conhecidos os resultados eleitorais, em novembro, e que ainda não é certo que Xi Jinping vá marcar presença ou que tenha sequer existido uma resposta por parte da China.
Um convite que surge numa altura em que Donald Trump já ameaçou agravar as taxas sobre produtos importados da China. A Embaixada chinesa em Washington respondeu de imediato. Lembrou que ninguém ganha uma guerra comercial e que a cooperação económica e comercial é benéfica para ambas as partes.
Para além de Xi Jinping, a equipa do Presidente eleito também está a antecipar a chegada de outro líder mundial para a cerimónia. A CBS fala no líder da extrema-direita e primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, que pode estar a considerar o convite.
A confirmar-se a presença de algum destes líderes é algo inédito. Na história recente, nunca um líder estrangeiro assistiu a um a cerimónia de transferência de poder nos Estados Unidos.
O Kremlin, por outro lado, diz que a Rússia não chegou nenhum convite.
Na primeira vez que tomou posse como presidente norte-americano, em 2017, Trump não era tão famoso e poderoso quanto hoje, mas já dava que falar. É um dos nomes incontornáveis da atualidade e esta quinta-feira, foi eleito 'Personalidade do Ano' pela revista Time. Já o tinha sido em 2016.
Trata-se de uma distinção importante e é a confirmação de que aos olhos dos líderes mundiais, Trump é um aliado que praticamente todos desejam, mas, acima de tudo, um antagonista que muitos preferem não ter.