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Governo do Brasil suspeita que incêndios têm origem criminosa

Três suspeitos já foram detidos e a polícia já abriu um inquérito para investigar.

Ivani Flora

No Brasil, a polícia investiga indícios de ação criminosa na origem dos incêndios que atingiram o estado de São Paulo e avançaram num ritmo sem precedente nos últimos dias.

O governo anunciou que já não há focos ativos de queimadas, mas o fumo ainda causa muito transtorno para a população.

O horizonte escondido pelo o fumo tem sido o cenário nos últimos dias em cidades de São Paulo e de outras partes do país. A falta de visibilidade cancelou voos, como na capital de Goiás e em Brasília mudou a paisagem do Congresso Nacional.

No interior paulista, onde a situação é mais grave, a população tem apelado para o uso de máscaras.

Na segunda-feira as aulas foram canceladas, e aumentaram os registos de casos de doenças respiratórias, numa altura em que as condições climáticas têm favorecido incêndios também em outras partes do país, como na Amazónia e no Pantanal.

A chuva fraca que caiu no domingo pôs fim aos focos ativos das queimadas no estado de São Paulo, mas mesmo assim 48 municípios permanecem em alerta máximo contra os incêndios que, de acordo com a defesa civil, já destruíram mais de 20 mil hectares desde a última quinta-feira. O equivalente a 18.500 campos de futebol.

O fogo atingiu o pico na última sexta-feira, quando estradas importantes tiveram que ser fechadas. No sábado, as chamas chegaram muito perto das casas e assustaram moradores.

Dois operacionais morreram e cerca de 60 pessoas ficaram feridas. Mais de 800 foram obrigadas a deixar as suas casas, desde que os incêndios começaram, e avançaram num ritmo sem precedente numa zona onde as queimadas não são comuns.

O governo suspeita de incêndios criminosos, resultado de uma ação coordenada.

Três suspeitos já foram detidos e a polícia abriu um inquérito para investigar.

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