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Estado brasileiro do Mato Grosso do Sul declara emergência devido a incêndios florestais

Desde o inicio do mês de junho que este estado brasileiro tem sido fustigado por uma onda de incêndios. As alterações climáticas têm sido apontadas como uma das principais causas dos incêndios que já destruíram cerca de 627 mil hectares.

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Lusa

Mato Grosso do Sul declarou, esta terça-feira, o estado de emergência devido aos incêndios que assolam há semanas o sensível bioma do Pantanal, uma das maiores zonas húmidas do planeta situada no centro-oeste do Brasil.

A declaração foi publicada no Diário Oficial do Mato Grosso do Sul num momento em que as chamas se expandem e a fumaça que provocam começa a afetar várias cidades daquele estado.

Milhares de hectares destruídos desde o inicio de junho

Os incêndios, iniciados há pouco mais de um mês, já destruíram cerca de 627 mil hectares e são considerados os mais graves já registados no Pantanal nesta época do ano.

Segundo as autoridades locais, uma das causas dos incêndios são as alterações climáticas, que agravaram a seca que a região sofre nesta altura do ano e que normalmente dura até novembro.

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que monitoriza a região por meio de satélites, foram detetados 2.363 focos de incêndio no Pantanal brasileiro nos primeiros 20 dias de junho, sete vezes mais que no mesmo período do ano passado.

O decreto de emergência tem validade de 180 dias nos quais o Governo regional poderá mobilizar os órgãos estaduais para atuarem sob a coordenação da Defesa Civil, em ações que envolvam resposta ao desastre provocado pelo fogo, reabilitação do cenário e reconstrução.

Na semana passada, o Governo brasileiro instalou um gabinete de crise para monitorizar a situação e enviou funcionários especializados em combate a incêndios no Pantanal.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, já tinha alertado para a possibilidade de ocorrerem graves incêndios no Pantanal este ano, devido à incidência do fenómeno El Niño.

Da mesma forma, o Brasil está a preparar-se para a possibilidade de ocorrência de grandes incêndios na Amazónia durante o segundo semestre deste ano, também devido ao impacto das mudanças climáticas.

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