A saída das tropas dos Estados Unidos e da NATO precipitaram o regresso ao passado. Os Talibã, movimento fundamentalista político, militar e nacionalista islâmico, considerado pela Organização das Nações Unidas (ONU) uma organização terrorista, conseguiram regressar ao poder no Afeganistão em agosto de 2021 - 20 anos depois de terem sido afastados.
Em 2001, depois do atentado às torres gémeas, os Estados Unidos invadiram o Afeganistão e retiram do poder os Talibã, que davam proteção no país ao terroristas da Al-Qaeda.
De 2001 a 2021, as tropas norte-americanas e da NATO mantiveram-se no território afegão, até o governo dos EUA ter decidido sair do país. Abriu-se um vazio que foi aproveitado pelos Talibã.
Os protestos nas ruas foram fortemente reprimidos. A bandeira do Afeganistão foi sendo substituída pela do Emirado Islâmico do Afeganistão. Nas universidades, as mulheres começaram a ser separadas dos homens, primeiro nas salas de aulas, depois nos próprios edifícios.
Nas ruas da capital Cabul, famílias deslocadas foram-se acumulando. A ajuda era precisa, a economia era cada vez mais frágil, enquanto os Talibã mostravam-se nas ruas com armamento americano que tinha sido deixado para trás.
Em setembro de 2022, novo ataque aos direitos das mulheres, que ficaram impedidas de frequentar a universidade.
Os últimos meses foram de forte aproximação à China e à Rússia. Com a exceção destes dois países, a comunidade internacional continua a não reconhecer o governo do Afeganistão.
Três anos depois do regresso ao poder dos Talibã, o presente é preocupante e o futuro continua incerto.