Nicolás Maduro acusa o Ocidente e os media de arrastarem o país para uma guerra civil. Diz ainda que os líderes da oposição devem ser colocados "atrás das grades", acusando-os de ter "sangue nas mãos" devido às mortes nos protestos.
"Estas pessoas devem estar atrás das grades e deve ser feita justiça", frisou Maduro, durante uma conferência de imprensa com correspondentes estrangeiros no palácio presidencial de Miraflores.
Maduro acusou a líder da oposição Maria Corina Machado e o seu candidato presidencial Edmundo Gonzalez Urrutia de terem "sangue nas mãos" após protestos mortais.
"Senhor Gonzalez Urrutia, mostre a sua cara, saia do esconderijo, não seja cobarde, dona Machado (...) tem sangue nas mãos", apontou o chefe de Estado. São o mal da Venezuela (...) nunca chegarão ao poder", acrescentou.
Protestos assombram a Venezuela desde as eleições
A Venezuela regista desde segunda-feira protestos em várias regiões do país contra os resultados anunciados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). A mesma entidade proclamou oficialmente, na segunda-feira, Nicolás Maduro como Presidente para o período 2025-2031.
De acordo com os dados oficiais do CNE, Maduro foi reeleito para um terceiro mandato consecutivo com 51,2% dos votos, tendo obtido 5,15 milhões de votos. O principal candidato da oposição, Edmundo González, obteve pouco menos de 4,5 milhões de votos (44,2%), indicou o CNE.
A oposição venezuelana reivindica a vitória nas eleições presidenciais, com 70% dos votos para González.
Com LUSA