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Starmer promete combater "cansaço da nação", mas lembra que "mudar um país não é como ligar um interruptor"

Keir Starmer falou ao país pela primeira vez como primeiro-ministro, a partir da residência oficial do número 10 em Downing Street.

Verónica Moreira

Depois de confirmado o resultado das eleições legislativas de quinta-feira, Keir Starmer, o líder do partido mais votado já foi indigitado e encarregado de formar governo pelo rei Carlos III.

Em seguida, fez o habitual discurso à porta do número 10 de Downing Street, residência oficial e gabinete de trabalho, onde começou por agradecer a Rishi Sunak, o anterior primeiro-ministro, dizendo que a sua conquista como o primeiro primeiro-ministro britânico-asiático do país não deve ser "subestimada por ninguém".

Além disso, reconheceu o "trabalho duro" que Sunak trouxe para a sua liderança.

"Agora o nosso país votou decisivamente pela mudança e pelo retorno da política ao serviço público", continuou Starmer afirmando que há "cansaço no coração da nação" e falta de confiança que vai ser curada com ações.

“Essa ferida, essa falta de confiança só pode ser curada por ações, não por palavras. Eu sei disso, mas podemos começar hoje com um simples reconhecimento de que o serviço público é um privilégio e que o Governo deve tratar todas as pessoas com respeito”.

Garantindo ainda que o seu governo vai servir qualquer pessoa, quer tenha votado no seu partido ou não, o novo primeiro-ministro do Reino Unido fez questão de prometer ainda "reconstruir" o país "tijolo a tijolo", de forma “calma e paciente”.

"Mudar um país não é como ligar um interruptor", garantiu Starmer acrescentando que "vai demorar um pouco", mas que tudo fará pelo futuro do pais.

"Convido todos vocês juntarem-se a este governo de serviço. O nosso trabalho é urgente e iniciamo-lo hoje", terminou.

Tal como é tradição, Starmer foi recebido com aplausos pelos funcionários do gabinete, que vão agora tratar de informar o novo chefe de governo sobre procedimentos protocolares, decisões urgentes e informações de segurança, incluindo como acionar as armas nucleares.

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