O primeiro-ministro do Reino Unido, que hoje se despede do Governo britânico, falou ao país naquela foi a sua última conferência de imprensa enquanto chefe do Executivo. No seu discurso, agradeceu ao colegas de partido e à família e voltou a pedir desculpa a todos os britânicos.
À porta do número 10 de Downing Street, em Londres, Sunak começou por pedir desculpa pelo resultado das legislativas e por não ter conseguido satisfazer as necessidades do povo britânico.
"Os britânicos demonstraram que o Governo do Reino Unido tem de mudar e o seu julgamento é o único que importa. Ouvi a vossa raiva, a vossa desilusão e assumo a responsabilidade por esta derrota, afirmou.
Pediu também desculpa a todos os candidatos conservadores por não ter conseguido estar à altura do seu trabalho.
Sunak abandona liderança do partido
Anunciou ainda que, perante os resultados alcançados, abandonará a liderança do Partido Conservador, “mas não para já”, garantindo que primeiro terá de escolher o sucessor indicado.
“É importante que, ao fim de 14 anos de Governo, o Partido Conservador se reconstrua, mas que assuma também o seu importante papel na oposição de forma profissional e eficiente”, declarou.
Prosseguiu agradecendo a todos os colegas de partido e à sua família por todos os “sacrifícios”, que permitiram que continuasse a “servir o país”.
Notou ainda que “uma das coisas mais notáveis” acerca do Reino Unido é o facto de ter alcançado a liderança do Governo apenas duas gerações depois de a sua família ter chegado ao território britânico. Por fim, descreveu ainda o Reino Unido como “o melhor país do mundo”.
Posteriormente, Sunak seguiu, juntamente com a esposa, para o Palácio de Buckinham onde se irá encontrar com o rei Carlos III, a quem vai apresentar a sua demissão de forma oficial.
Carlos III vai depois nomear Keir Starmer primeiro-ministro e o líder do Partido Trabalhista irá ao fim da manhã para a residência situada no número 10 de Downing Street.
Trabalhistas vencem com larga vantagem
De acordo com a BBC, às 11:17, o Partido Trabalhista já tinha eleito 412 dos 650 deputados que exercem funções no Parlamento britânico, sendo que a maioria absoluta era atingida com a eleição de 326. Os conservadores tinham conquistado apenas, até então, 121 lugares.