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Vários mortos em ataques russos na Ucrânia durante o fim de semana

O exército russo dirigiu diversos bombardeamentos contra o território ucraniano ao longo dos últimos dias. A situação mais grave registou-se em Zaporíjia e Dnipro, mas Kiev também foi atingida.

Vitalii Hnidyi

SIC Notícias

Iryna Shev

Várias pessoas morreram nos ataques levados a cabo pela Rússia nos últimos dias na Ucrânia, o que levou o Presidente do país, Volodymyr Zelensky, a voltar a pedir ajuda militar internacional.

No domingo, a capital do país foi atacada por um míssil balístico. Os fragmentos atingiram um edifício residencial, que ficou parcialmente destruído. Este incidente não causou, no entanto, qualquer vítima mortal.

No mesmo dia, em Kharkiv, o exército russo atacou também um posto de correios, não tendo causado qualquer morte.

Estes foram apenas alguns dos ataques perpetrados pelas forças fiéis ao Kremlin, no último fim de semana. Também em Zaporíjia e em Dnipro há registo de várias vítimas mortais, informa a correspondente da SIC na Ucrânia, Iryna Shev.

Dnipro foi atingida por vários bombardeamentos na última madrugada, numa altura em que a cidade ainda não se tinha recomposto dos ataques de sexta-feira, que causaram o desabamento parcial de um prédio de vários andares, e, consequentemente, a morte de, pelo menos, uma pessoa. Cinco moradores continuam desaparecidos.

Durante a tarde de sábado, vários mísseis russos caíram no centro de uma pequena cidade da região de Zaporíjia, causando, pelo menos, sete vítimas mortais.

"O mundo tem poder suficiente para forçar a Rússia à paz"

Após todos estes ataques, Volodymyr Zelensky voltou a insistir na ideia de que atacar zonas fronteiriças russas "ajuda a proteger vidas".

"O mesmo acontecerá com outras decisões, as decisões corajosas que têm de ser tomadas, as decisões de que precisamos e que estamos a debater com os nossos parceiros", declarou o chefe de Estado num vídeo publicado na rede social X.

Garantiu também que continuará a negociar com o Ocidente nas próximas semanas "para chegarmos às decisões necessárias".

Referiu que "quanto mais depressa o mundo" auxiliar a Ucrânia a "lidar com os aviões de combate russos que lançam estas bombas", mais depressa Kiev poderá "atacar justificadamente as infraestruturas militares russas e os aeródromos militares".

"O mundo tem poder suficiente para forçar a Rússia à paz", rematou.
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