Os Estados Unidos da América (EUA) dão permissão à Ucrânia para utilizar armas fornecidas por Washington em qualquer ponto da Rússia e não apenas em território fronteiriço perto da região de Kharkiv.
No passado mês de maio, Joe Biden já havia autorizado Kiev a disparar armas fornecidas pelos EUA contra alvos militares localizados para lá da linha que divide a Rússia da Ucrânia.
Contudo, e de acordo com a agência Reuters, as autoridades fizeram saber, na altura, que a decisão do Presidente norte-americano se aplicava apenas a alvos dentro da Rússia perto da fronteira com a região de Kharkiv, no Leste da Ucrânia.
A decisão agora anunciada foi confirmada pelo major-general da Força Aérea dos EUA, Patrick Ryder, que, citado pela Reuters, clarificou:
"A capacidade de poder ripostar quando é alvo de um disparo é, na realidade, o objetivo desta política. À medida que vemos forças russas a disparar através da fronteira, a Ucrânia pode ripostar contra essas forças terrestres utilizando munições fornecidas pelos EUA. Trata-se de autodefesa, pelo que faz sentido que o possam fazer".
As palavras do major-general foram ao encontro do que já tinha dito o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, no início da presente semana.
"Não se trata de geografia. É uma questão de bom senso. Se a Rússia está a atacar ou prestes a atacar a Ucrânia, só faz sentido permitir que a Ucrânia contra-ataque as forças que estão a atingir o outro lado da fronteira".
Sullivan acrescentou que as forças ucranianas também podem utilizar as defesas aéreas para disparar contra aviões russos que voem no espaço aéreo russo, se estiverem prestes a disparar contra o espaço aéreo ucraniano.