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Presidenciais no Irão: um teste à popularidade do regime dos aiatolas

Há quatro candidatos a votos. Os dados das sondagens apontam para uma possível segunda volta dentro de uma semana, pelo facto de nenhum dos candidatos conseguir garantir 50% dos votos.

Aurélio Faria

Os iranianos estão esta quinta-feira a ir às urnas para escolher o próximo Presidente, depois da morte de Ebrahim Raisi na queda de um helicóptero em maio. A votação é já considerada um teste à popularidade do regime dos aiatolas.

O líder Supremo do Irão fez questão de ser o primeiro a votar, para dar o exemplo e deixar um apelo à votação de 61 milhões de eleitores.

"A longevidade, a estabilidade, a reputação e a honra da República Islâmica dependem da participação do povo”, disse o aiatola Ali Khamenei.

Estas eleições são consideradas um teste à popularidade do regime islâmico. No último escrutínio votaram já menos de 50% dos eleitores. Agora, a votação foi antecipada um ano devido à morte do presidente Ebrahim Raisi, na queda de um helicóptero em maio passado.

Duas desistências de última hora limitaram as escolhas nos boletins de voto a quatro candidatos, todos devidamente aprovados pelo Conselho dos Guardiães. Há três ultraconservadores e um único reformista: o ex-ministro da Saúde e médico cardiologista Massoud Pezeshkian.

Os resultados devem ser anunciados no sábado ao meio dia. Os dados das sondagens apontam para uma possível segunda volta dentro de uma semana.

O cargo tem poderes limitados. O Presidente aplica as grandes linhas políticas definidas pelo Guia Supremo que é o chefe de Estado.

Mergulhado numa profunda crise económica e alvo de sanções internacionais, o Irão influencia o Médio Oriente, permanece no centro de crises geopolíticas, a guerra em Gaza e no sul do Líbano, e a questão nuclear. Os analistas sublinham que nada deverá mudar.

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