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Hamas acusa tropas israelitas de matar dois reféns em Rafah

Os caças israelitas bombardearam o norte e o centro do território. No sul, há combates urbanos em Rafah contra infraestruturas terroristas, diz o exército israelita. O Hamas fala em dezenas de vítimas civis.

Aurélio Faria

Rui Félix

Nos escombros de Rafah, a Brigada Nahal, a unidade de infantaria israelita, garante que eliminou terroristas, localizou grandes quantidades de armas e de túneis usados pelos combatentes do Hamas.

Nesta cidade do sul de Gaza, junto à fronteira do Egito, o movimento palestiniano acusou os soldados de matarem dois reféns israelitas nos combates urbanos. Oficialmente, um dos porta-vozes do Hamas no estrangeiro revelou entretanto desconhecer, quantos dos 116 cativos israelitas no enclave, estarão ainda vivos.

Já no norte e centro de Gaza, os alvos dos caças israelitas foram estruturas e células terroristas. Em Deir al Balah, os palestinianos anunciaram que os ataques provocaram dezenas de vítimas civis em áreas residenciais.

Com o agravamento da ofensiva nas últimas 24 horas, o presidente dos Estados Unidos culpou já o Hamas por não haver um acordo de cessar-fogo.

"Apresentei uma proposta que foi apoiada pelo Conselho de Segurança da ONU, pelo G7 e pelos israelitas. O maior obstáculo até agora é o facto de o Hamas se recusar a assinar, apesar de ter apresentado algo semelhante. Resta saber se vai ou não concretizar-se. Vamos continuar a insistir. Não tenho uma resposta final", disse Joe Biden, presidente dos EUA

Em solidariedade com o Hamas, o Hezbollah exige tréguas imediatas em Gaza e bombardeou pelo terceiro dia o norte de Israel. A cidade fronteiriça de Kiryat Shmona é o principal alvo das salvas de foguetes do movimento xiita libanês.

"Há cerca de uma hora, houve um forte ataque com 35 lançamentos vindos do Líbano e em direção a localidades da Galileia. Pelo menos sete rockets atingiram Kiryat Shmona, houve um ataque direto a uma cada e a um centro comercial", explica Doron Shnaper, porta-voz Kiryat Shmona.

Nas áreas fronteiriças do norte de Israel, os ataques do Hezbollah atingiram e incendiaram ainda zonas de pasto e florestais. Pelo terceiro dia também, Israel voltou a retaliar, e bombardeou o sul do Líbano. Na origem da escalada do conflito, está o bombardeamento israelita desta semana que matou um dos principais comandantes do Hezbollah.

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