O secretário de Estado norte-americano considera inviável a resposta do Hamas ao plano de tréguas para Gaza. Antony Blinken promete continuar a trabalhar para o cessar-fogo e diz que do sucesso das negociações depende também a paz no sul do Líbano.
O Hezbollah lançou esta quarta-feira mais de duzentos foguetes contra o norte de Israel. Alguns dos projéteis foram intercetados. Outros, provocaram incêndios. Chegaram a atingir a cidade de Tiberíades, 65 quilómetros da fronteira.
O ataque do movimento xiita libanês foi a retaliação pelo bombardeamento israelita que matou Abu Taleb. No funeral do mais alto comandante morto desde outubro passado, a liderança do Hezbollah prometeu endurecer a resposta militar a Israel.
No Qatar, o chefe da diplomacia dos Estados Unidos considerou a situação no sul do Líbano dependente do resultado das negociações sobre o cessar-fogo na Faixa de Gaza. Blinken voltou a criticar o Hamas e as alterações propostas ao plano em discussão.
Em Washington, a Casa Branca fala em mudanças mínimas. Garante que continuará a trabalhar com os mediadores do Qatar e do Egito até um acordo final.
A imprensa israelita avança que o Hamas quer a retirada militar israelita total de Gaza logo na primeira semana de tréguas.
No primeiro dia, pede o fim do fogo real nas áreas residenciais. No terceiro, exige a saída dos soldados da estrada de Saladino, a principal via de comunicação do território.
Em troca, oferece diariamente a libertação de três reféns, vivos ou mortos. Quer ainda que a China, a Rússia e a Turquia garantam o cumprimento do acordo.
Hamas e Israel acusados de crimes de guerra e contra a Humanidade
No terreno, tanto o Hamas como Israel são já acusados pela ONU de crimes de guerra e contra a Humanidade nos primeiros três meses do conflito.
As acusações são da Comissão de Inquérito que investigou os atentados de 7 de outubro e a invasão israelita de Gaza até 31 de dezembro. O relatório conclui que houve imensas perdas de civis.
Registou milhares de casos de tortura, homicídio, tratamento desumano ou cruel. O governo israelita rejeitou já as conclusões. O Hamas não comentou.