Mundo

Guterres alerta para as dificuldades que o mundo enfrenta em várias frentes

O secretário-geral das Nações Unidas marcou presença num evento em Genebra para assinalar o 60.º aniversário da Agência das Nações Unidas para o comércio e desenvolvimento. Das eleições europeias, à situação em Gaza passando pela cimeira da paz, Guterres não evitou os temas difíceis.
Mike Segar/Reuters

SIC Notícias

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU) marcou presença num evento em Genebra para assinalar os 60º aniversário da Agência das Nações Unidas para o comércio e desenvolvimento (UNCTAD). Durante o discurso, António Guterres alertou para as dificuldades que o mundo enfrenta em várias frentes.

Guterres congratulou-se, desde logo, com a iniciativa norte-americana um cessar-fogo na Faixa de Gaza. A proposta anunciada pelo Presidente Joe Biden prevê um plano de três fases, que começa com a libertação de reféns e a retirada das forças israelitas das zonas mais populosas de Gaza.

“Saúdo a recente iniciativa de paz do Presidente Biden e apelo a todas as partes para que aproveitem a oportunidade para dar início ao cessar-fogo, à libertação dos reféns e à preparação das bases para uma solução de dois Estados", disse Guterres.

A resolução, que já teve luz verde da Organização das Nações Unidas, foi aprovada com 14 votos a favor e a abstenção da Rússia. O Hamas já aceitou a proposta, mas Israel ainda não respondeu.

Outra guerra que gera há muito preocupação tem a Ucrânia como palco. “Devemos continuar a trabalhar pela paz na Ucrânia, uma paz justa baseada na Carta das Nações Unidas e no direito internacional”, salientou.

Ainda assim, o secretário-geral da ONU diz que não vai marcar presença na Cimeira Paz, que vai decorrer na Suíça durante o fim de semana, devido a um “compromisso pessoal”, mas garante que a ONU vai estar presente e atenta.

De fora, não ficaram os resultados das eleições Europeias. António Guterres diz que o crescimento da extrema-direita no Parlamento Europeu é motivo para que se intensifique a luta pela Democracia.

"Como sabem, sou português, e se repararem nos resultados no meu país, isso não se aplica (...) mas, obviamente, é muito importante reforçar a democracia europeia. É muito importante reforçar o compromisso europeu com o multilateralismo. É muito importante reforçar o compromisso europeu com o Estado de direito, com os valores da carta e com os princípios da sociedade democrática. Espero que isso prevaleça na Europa", contou o secretário-geral da ONU.


Em França, o partido de extrema-direita União Nacional, de Le Pen, teve mais do dobro dos votos do partido de Macron. Resultados que provocaram um terramoto político e que levaram o presidente francês a dissolver a assembleia.

Também em Itália o cenário da vitória a para a direita radical repetiu-se. O partido Irmãos de Itália, de Giorgia Meloni, confirmou o favoritismo apontado pelas sondagens.

Últimas