Conflito Israel-Palestina

Como Netanyahu se tornou refém da extrema-direita em Israel

Maria João Tomás, comentadora da SIC, diz que a demissão de Benny Gantz deixou Benjamim Netanyahu ainda mais "refém" da extrema-direita. Acrescenta que, neste momento, o primeiro-ministro israelita "tem medo de ser preso".

Maria João Tomás

Benny Gantz, ministro israelita e membro do gabinete de guerra de Israel, anunciou a sua demissão, numa altura em que o Conselho de Segurança da ONU fez algo inédito: aprovou um cessar-fogo em Gaza sem votos contra, apenas com a abstenção da Rússia.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, está numa situação "complicada" e "decisiva", com enorme pressão internacional, considera Maria João Tomás, comentadora da SIC, que aponta as consequências da demissão de Gantz.

"A demissão põe em causa não só a estrutura política, mas mostra fragilidade. Não quer dizer que esta demissão leva à queda do Governo, mas todo este cenário põe uma pressão enorme sobre Netanyahu, cada vez mais isolado internacionalmente".

“Netanyahu tem medo de ser preso”

Internamente, o primeiro-ministro está a ser suportado por uma maioria de extrema-direita no Parlamento,

“É essa maioria que o mantém no poder. E ele acaba por fazer quase tudo o que esta maioria exige”, afirma Maria João Tomás, considerando que Netanyahu "está refém" da extrema-direita.

A comentadora da SIC acrescenta que o primeiro-ministro de Israel “tem medo de ser preso” e sabe que, se o Governo cair, esta é uma consequência extremamente provável.

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