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Corpo de Michael Mosley foi encontrado numa ilha na Grécia

O corpo do apresentador britânico foi encontrado numa ilha grega. As autoridades não descartam a possibilidade de crime. Michael Mosley estava desaparecido há cinco dias.

António Seixeira Oliveira

Michael Mosley estava desaparecido há cinco dias quando foi encontrado, sem vida, na ilha grega de Symi pelas equipas de busca e salvamento.

Segundo a imprensa britânica, a mulher do apresentador alertou as autoridades na manhã de quinta-feira, depois de Mosley não ter regressado da caminhada na praia de Agios Nikolaos, no Mar Egeu.

A causa da morte ainda não é oficialmente conhecida, mas, segundo a BBC, Mosley terá morrido durante a tarde de quarta-feira passada, dia em que desapareceu, de causas naturais.

A polícia grega revela ainda que a autópsia inicial não encontrou ferimentos no corpo que pudessem ter causado a morte. Ainda assim, as autoridades não descartam a possibilidade de crime.

O corpo foi encontrado numa encosta, junto a um bar de praia, na madrugada do passado domingo, a cerca de 30 minutos do local onde foi visto pela última vez.

A médica e apresentadora Saleyha Ahsan, que trabalhou ao lado de Mosley, já prestou homenagem.

"Acho que, nos últimos dias, todos esperávamos outro cenário, outro final. O Michael era desenvencilhado. Ao longo de toda a sua carreira, levou o corpo a extremos, em nome da ciência, em nome de encontrar melhores soluções de saúde para os restantes. Acho que todos esperávamos um final diferente. Antes de mais, as minhas condolências sentidas à família do Michael, neste momento", diz Saleyha Ahsan recordando a vida do apresentador.

Ahsan destaca ainda o profissionalismo e a bondade do médico britânico.

"O homem que ouvíamos, quer fosse na rádio ou na televisão, era muito simpático e acessível através do ecrã, e isso é, por si só, uma arte, sermos capazes de nos apresentar assim. E ele era exatamente assim. O Michael é um tesouro nacional. Quando o conheci, naqueles primeiros momentos, ele deixou-me muito à vontade. Era muito profissional, mas também muito humano", recorda a médica e apresentadora de televisão britânica.

Cerca de 20 bombeiros e agentes da polícia fizeram buscas nos últimos dias, auxiliados pela guarda costeira, helicópteros, drones e um cão farejador.

O homem de 67 anos foi um rosto conhecido dos ingleses durante duas décadas.

O médico e apresentador de televisão britânico tornou-se popular por testar os limites do corpo humano e desafiar a ciência, em busca da saúde para todos.

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