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“Já há apelos para que os iranianos rezem pelo Presidente e isso não é bom sinal”

Um helicóptero em que seguia o Presidente do Irão despenhou-se este domingo no Azerbaijão. O aparelho ainda não foi localizado, assim como os seus ocupantes, e as condições climatéricas estão a dificultar as operações de busca.

SIC Notícias

Estão no terreno operações de busca e resgate pelo helicóptero que este domingo se despenhou no Azerbaijão com o Presidente e o MNE iranianos a bordo. Na antena da SIC Notícias, o jornalista Rui Cardoso explica que no Irão “já há apelos” à operação e que isso “não é bom sinal”.

“Não há hipótese de socorro por via aérea devido ao mau tempo e ao nevoeiro. É uma zona montanhosa, de floresta, onde só se vai chegar a pé. Pode demorar muito tempo, se é que encontram alguém”, explica o jornalista.

Para além do Presidente do Irão, Ebrahim Raisi, também o ministro dos Negócios Estrangeiros seguia a bordo da aeronave que se despenhou perto da cidade de Jolfa, cerca de 600 quilómetros a noroeste da capital Teerão.

“Sempre que há um acidente aéreo com um Presidente ou primeiro-ministro as teorias da conspiração florescem, vamos ver o que vai acontecer no Irão, sabendo-se até que já houve campanhas - nomeadamente da Mossad - para alguns assassínios e atentados cirurgicos para eliminar engenheiros e cientistas do programa nuclear. Todas as dúvidas são possíveis, mas até ver é um acidente causado pelo mau tempo”, acrescenta Rui Cardoso.

Sobre a hipótese de todos os passageiros terem morrido no acidente, o jornalista explica que - a confirmar-se a morte de Ebrahim Raisi - o Irão deverá ir a eleições. Ainda assim, Rui Cardoso tem dúvidas sobre se “pode aparecer um candidato ponderado”.

Entretanto, o Iraque já se disponibilizou para ajudar nas operações de busca. Segundo um comunicado do Governo, foi dada ordem ao Ministério do Interior, ao Crescente Vermelho e “a outros organismos relevantes” para auxiliarem o Irão.

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