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Grécia regista taxa de natalidade mais baixa em 92 anos

Aldeias quase desertas, poucas crianças e uma população cada vez mais envelhecida. A Grécia tem uma das taxas de natalidade mais baixas da Europa. No entanto, o Governo quer contrariar essa tendência e, a partir de maio, vai implementar novas medidas.

Marisa Caetano Antunes

A Grécia regista uma das taxas de natalidade mais baixas da Europa. O Governo pretende contrariar a tendência.

Aldeias quase desertas, poucas crianças e uma população cada vez mais envelhecida. É uma realidade transversal a vários países, mas, de acordo com os dados mais recentes, a Grécia, registou em 2022 a taxa de natalidade mais baixa, em 92 anos.

A crise da dívida pública que obrigou o país a pedir um empréstimo, em 2010, os sucessivos pacotes de austeridade, o elevado desemprego jovem e a crescente emigração ajudam a explicar porque é que os mais novos tiveram menos filhos ou decidiram não ter.

Nas aldeias do interior da Grécia, as igrejas refletem as transformações na população e há agora outra realidade.

Para contrariar esta tendência, a Grécia vai implementar novas medidas a partir de maio, como subsídios para as famílias,
casas a preços acessíveis para jovens, incentivos financeiros para técnicas de reprodução assistida e trabalhos que permitam fixar população imigrante.

Mas quem trabalha diretamente com famílias em início de vida diz que é preciso mais do que medidas temporárias.

Já em vigor estão medidas como isenções de IVA em artigos de bebé e aumento do subsídio parental.

Mas é o próprio Governo que admite que a missão é muito difícil.

Mais do que inverter a tendência, o Governo grego espera que a taxa de natalidade, pelo menos, não desça ainda mais.

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