Guerra no Médio Oriente

"Não sei para onde ir": moradores dizem não haver lugar seguro na Faixa de Gaza

Um ataque israelita em Gaza atingiu hoje um prédio residencial de vários andares. Não há registo de vítimas porque o edifício tinha sido evacuado. Milhares de civis estão a regressar às zonas bombardeadas por já não terem um lugar seguro para onde ir.

Kathleen Araújo

Francisco Carvalho

O som da destruição já é familiar em Gaza. Mais um míssil israelita atingiu um edifício residencial de vários andares. O caminho é fugir e, entre os escombros, tentar encontrar o que restou após o ataque.

Desta vez, no meio do caos, não houve relatos de vítimas porque o prédio tinha sido evacuado antes do bombardeamento. Exaustos de viverem sob a sombra da morte todos os dias, os palestinianos imploram por um lugar seguro, mas garantem que esse lugar não existe em Gaza.

São imagens que não passam despercebidas aos olhos do mundo, numa altura em que há esforços internacionais para pôr fim à guerra, baseados na solução de dois Estados, Israel e Palestina, mas Netanyahu continua inflexível.

Desde o início, o ataque militar de Israel a Gaza matou mais de 64.000 pessoas, a maioria civis, e deixou um extenso rasto de destruição.

A Assembleia Geral da ONU vai, por isso, votar uma declaração que visa pressionar Israel a um cessar-fogo.

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