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Natália Correia é “A Mulher que Morreu de Pé”: novo filme homenageia a autora e ativista que faria 102 anos

Chegou aos cinemas "A Mulher que Morreu de Pé", de Rosa Coutinho Cabral. É um ensaio em forma de filme sobre a escritora e ativista Natália Correia que celebraria amanhã 102 anos.

Cristiana Reis

Rúben Viegas

Daniel Fernandes

Rosa Coutinho Cabral regressa ao “Botequim”, bar fundado por Natália Correia em 1971, na Graça, em Lisboa. O espaço era ponto de encontro de artistas e pensadores e serviu de cenário às gravações do filme sobre a escritora e ativista.

"Tinha uma missão: prestar homenagem a Natália Correia. E, sobretudo, desempenhei um pouco o papel de detetive para fazer justiça à enorme injustiça que o país cometeu ao não reconhecer a sua importância e a sua dimensão", explica Rosa Coutinho Cabral.

No filme, Natália é recordada por atores e amigos através de testemunhos que viajam pelas várias dimensões da escritora. A chegada do filme aos cinemas coincide com a altura em que a escritora faria 102 anos.

Destacou‑se sobretudo como poeta, mas recusava o termo poetisa. Está eternizada numa biblioteca em Carnide, em Lisboa.

Estima‑se que tenha editado mais de 30 obras, entre as quais abordava temas como a sexualidade, o amor, o poder e a liberdade.

Liberdade que levou ainda até à Assembleia da República, onde foi deputada entre 1980 e 1991. Lutou pela independência do país, pela emancipação da mulher e pela cultura.

"Ela gostaria de ser lembrada como uma mulher de muita coragem, que não se vergava a poder nenhum. Sempre defendeu que é a cultura a base da transformação e da mudança das mentalidades."
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