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Procuradora Europeia exige reforço urgente de meios para evitar colapso nas investigações em Portugal

A Procuradora-Geral Europeia pede mais dois procuradores delegados e equipas policiais para investigar casos de fraude que envolvem Portugal. Em entrevista à SIC, garante que a entidade pode colapsar se não tiver mais meios. Laura Kovesi relata ainda problemas de segurança com o espaço onde estavam instalados os seis procuradores delegados portugueses.

Ana Filipa Nunes

João Venda

Eduardo Horta

Mudaram-se esta semana para as antigas instalações da Polícia Judiciária depois de meses a alertar para os riscos do antigo local onde trabalhavam os seis procuradores delegados da EPPO, a Procuradoria Europeia.

O Ministério Público da União Europeia investiga fraudes transfronteiriças, corrupção, apropriação indevida de fundos e branqueamento de capitais. A romena que há quatro anos lidera o organismo nota um aumento de casos em Portugal.

Foi a Procuradoria Europeia que investigou a Operação Admiral, um complexo caso sobre megafraude intracomunitária ao IVA.

O esquema, montado por um português e um francês, consistiria na compra de equipamentos eletrónicos a fornecedores europeus, depois revendidos na internet sem pagar IVA. Os arguidos foram condenados este ano por terem lesado o Estado em 80 milhões de euros.

Mas este é apenas um dos casos que os seis procuradores delegados investigam, motivos que levaram a Procuradora-Geral Europeia a pedir mais meios.

Um pedido que Laura Kovesi avançou no encontro que teve em Lisboa com os Ministros da Justiça, das Finanças e o Procurador-Geral da República. Meios fundamentais para mudar a estratégia de combate à corrupção.

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