Mudaram-se esta semana para as antigas instalações da Polícia Judiciária depois de meses a alertar para os riscos do antigo local onde trabalhavam os seis procuradores delegados da EPPO, a Procuradoria Europeia.
O Ministério Público da União Europeia investiga fraudes transfronteiriças, corrupção, apropriação indevida de fundos e branqueamento de capitais. A romena que há quatro anos lidera o organismo nota um aumento de casos em Portugal.
Foi a Procuradoria Europeia que investigou a Operação Admiral, um complexo caso sobre megafraude intracomunitária ao IVA.
O esquema, montado por um português e um francês, consistiria na compra de equipamentos eletrónicos a fornecedores europeus, depois revendidos na internet sem pagar IVA. Os arguidos foram condenados este ano por terem lesado o Estado em 80 milhões de euros.
Mas este é apenas um dos casos que os seis procuradores delegados investigam, motivos que levaram a Procuradora-Geral Europeia a pedir mais meios.
Um pedido que Laura Kovesi avançou no encontro que teve em Lisboa com os Ministros da Justiça, das Finanças e o Procurador-Geral da República. Meios fundamentais para mudar a estratégia de combate à corrupção.