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Guerra Israel-Hamas: mais de 30 mortos (em 24 horas) em ataques a campos de refugiados

Na noite passada, 28 pessoas morreram em três ataques aéreos de Israel contra campos de refugiados urbanos, no exterior de um hospital no centro de Gaza. Horas depois, três palestinianos morreram num ataque nas imediações do campo de Jenin.

Aurélio Faria

Mais de 30 pessoas morreram nas últimas horas em ataques israelitas contra campos de refugiados na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, de acordo com fontes palestinianas e de organizações humanitárias.

Na noite passada, 28 pessoas morreram em três ataques aéreos israelitas contra campos de refugiados urbanos, no exterior de um hospital no centro de Gaza.

Três palestinianos foram mortos esta quarta-feira num ataque de 'drones' (aparelhos não tripulados) a dois veículos nas imediações do campo de refugiados de Jenin, um reduto das milícias palestinianas no norte da Cisjordânia ocupada, que está a viver o seu pior surto de violência em duas décadas.

Tanto o Ministério da Saúde palestiniano como o Crescente Vermelho palestiniano confirmaram as três mortes e informaram que um ferido em estado grave foi transferido para o hospital público de Jenin.

"Um aparelho aéreo israelita atacou agentes terroristas na zona de Jenin", declarou um comunicado do exército israelita.

Há dois anos que o campo de refugiados de Jenin é a sede da Brigada de Jenin, que reúne milícias de todas as fações políticas e centraliza grande parte do movimento das milícias e dos ataques contra alvos israelitas no norte da Cisjordânia.

A Cisjordânia ocupada está a viver a maior espiral de violência desde a Segunda Intifada (2000-05) e, até agora, em 2024, pelo menos 114 palestinianos foram mortos por fogo israelita, a maioria milicianos ou atacantes, mas também civis, incluindo uma vintena de menores, segundo a contagem da agência espanhola EFE, depois de 2023 ter sido o ano mais mortífero em duas décadas, com mais de 520 mortos.

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