O chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, inicia esta quarta-feira uma nova viagem ao Médio Oriente, no âmbito dos esforços para alcançar um cessar-fogo na Faixa de Gaza e aumentar a ajuda humanitária na região.
A primeira paragem desta deslocação, é Jeddah, na Arábia Saudita, onde o secretário de Estado norte-americano manterá conversações com dirigentes sauditas.
As Nações Unidas alertam que 50% da população de Gaza vive já uma situação alimentar catastrófica. Face a este aviso Antony Blinken admite que o atual bloqueio de Israel pode ser considerado um crime de guerra.
"É a primeira vez que uma população inteira é classificada desta forma. Também vemos novamente que, de acordo com as Nações Unidas, 100% da população necessita de assistência humanitária. Comparemos com o Sudão, onde cerca de 80% da população necessita de assistência humanitária. O Afeganistão, cerca de 70%. Por isso, mais uma vez, isto só vem sublinha a urgência e o imperativo de dar prioridade a esta questão".
Na quinta-feira, o representante dos Estados Unidos segue para o Cairo, Egito, para novas discussões com as mais altas autoridades egípcias, que têm tido uma participação ativa na mediação das negociações entre Israel e o Hamas.
Durante esta que é a sexta viagem de Blinken ao Médio Oriente desde o início da guerra entre Israel e o Hamas (em 07 de outubro), o chefe da diplomacia norte-americana irá discutir "os esforços para alcançar um acordo de cessar-fogo imediato que garanta a libertação de todos os reféns que ainda permanecem em Gaza, a intensificação dos esforços internacionais para aumentar a ajuda humanitária a Gaza e a coordenação pós-conflito em Gaza", afirmou o Departamento de Estado norte-americano na antevisão da visita.
Na agenda de Blinken consta também a discussão de "uma via política para o povo palestiniano com garantias de segurança para Israel" e de "uma arquitetura para uma paz e segurança duradouras na região".